sexta-feira, 6 de abril de 2012

Acordou ofegante, sonhava com aquilo a semanas. Começava a se perguntar se estava com problemas psicológicos, ou se era apenas sua cabeça totalmente preenchida por aquele sentimento que tanto odiava. Era como duas pessoas diferentes e cada qual ganhava seu espaço de acordo com a situação, não era estranho, foi sempre assim. Porém ultimamente o lado que mais a pertencia era o lado que mais tentava esconder. Ainda enrolada naquela grossa coberta colorida, respirou fundo guardando toda aquela fúria para depois. Aquele depois que já conhecia, aquele depois que nunca chegava. E então, como todos os dias naquela semana, mergulhou-se em tristeza.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Era como se as cores sumissem, uma a uma diante de meus olhos, e eu sem forças não pudesse fazer nada. Minha mente gritava o mais alto que podia, porem meus lábios não se moviam, meus olhos não piscavam, estava tudo sólido e parado como em uma pintura, a não ser pelo meu coração que mais rápido como nunca batia até que a ultima cor se transformou em cinza. Então eu pude respirar, quando tudo o que eu queria era que meu coração se tornasse imóvel como meus lábios, como meus olhos, como minha mente. E finalmente quando consegui gritar, quando consegui fechar os olhos, foi como se eu tivesse me jogado em um buraco sem fim, não havia cor, não havia vida, não havia nada. Somente eu, minha respiração, meu coração ainda mais rápido e a vontade de que o buraco chegasse logo ao fim, e tudo acabasse. E junto ao meu pensamento o buraco acabou e então eu não vi mais nada.

 

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