quarta-feira, 14 de março de 2012

Era como se as cores sumissem, uma a uma diante de meus olhos, e eu sem forças não pudesse fazer nada. Minha mente gritava o mais alto que podia, porem meus lábios não se moviam, meus olhos não piscavam, estava tudo sólido e parado como em uma pintura, a não ser pelo meu coração que mais rápido como nunca batia até que a ultima cor se transformou em cinza. Então eu pude respirar, quando tudo o que eu queria era que meu coração se tornasse imóvel como meus lábios, como meus olhos, como minha mente. E finalmente quando consegui gritar, quando consegui fechar os olhos, foi como se eu tivesse me jogado em um buraco sem fim, não havia cor, não havia vida, não havia nada. Somente eu, minha respiração, meu coração ainda mais rápido e a vontade de que o buraco chegasse logo ao fim, e tudo acabasse. E junto ao meu pensamento o buraco acabou e então eu não vi mais nada.

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